Essa proposta nasce do desejo de investigar histórias relacionadas à nossa ancestralidade, tradição oral, manifestações ritualísticas de música, canto e dança afro-brasileiras e afro-caribenhas.
Como os mitos, itãns e contos que envolvem todo Panteão dos Orixás são extensos e de grande riqueza, retomamos fragmentos de histórias utilizados em nossa pesquisa para construção do espetáculo “Eleguá, menino e malandro”, muitas dessas histórias que não entraram para o espetáculo na íntegra sejão contadas no quintal do menino Eleguá, além de muita música, brincadeira e traquinagens. Utilizando a ferramenta da contação de histórias podemos mergulhar mais a fundo nos detalhes e desbravar novas possibilidades de circular esses saberes orais.
Em Cuba Eleguá é retratado como uma criança que gosta de muitas brincadeiras; esse enredo do mundo do brincar se faz presente a todo instante na contação de história, trazendo a possibilidade de retomada desse imaginário infantil e adulto que permeia esse espaço do brincar. Mais do que nunca, precisamos trazer novos repertórios imaginários ao que se tem posto sobre a cultura negra no Brasil, principalmente no que tange o universo infantil, mostrando a força e a potência na transmissão desses saberes ancestrais, enquanto representatividade do povo preto e sua trajetória cultural contada com o olhar de dentro.
Em 2020 essa proposta foi realizada em Outubro parceria com a SMC na semana das crianças com a circulação em 5 Instituições da cidade de São Paulo, levando a arte do teatro para crianças acolhidas pelo Serviços de Acolhimento Para Crianças e Adolescentes (SAICAS).
Também participamos novamente desse projeto lindo conhecido como “Brincando na Praça” realizado dia 13.12 pela Muda Cultural em parceria com o Catraca Live e que por conta da pandemia aconteceu online esse ano.
Assista no link abaixo: Brincando na Praça convida Cia Clã do Jabuti, Cia Armárias e Contarinhos | DIA 3